Encontro estadual de Agroecologia do MLT movimenta
Agricultores do estado
Nos dois dias do encontro, debates e partilha de experiência
foram o que impulsionaram a busca por
uma agricultura familiar sustentável e socialmente justa
Agricultores, pesquisadores e militantes da luta pela terra
se reuniram em no povoado Pontal, em Indiaroba, no Encontro Estadual de
Agroecologia do Movimento de Luta pela Terra (MLT). O evento foi realizado entre os dias 28 e 29
de julho com o apoio da Associação de Cooperação Agrícola dos Assentados da
Região Sul (Ascosul) e do Ministério do Ambiente atraves do PDA ( Subprogama de
projetos Demonstrativos) que teve como objetivos ampliar a discussão de novas
práticas sustentáveis de lidar com a produção agropecuária e reunir os
agricultores para troca de experiências sobre o tema.“Esses espaços são
indispensáveis para nos sensibilizarmos sobre a importância da agroecologia,
que nada mais é que o jeito correto de produzir alimentos”, destaca o
pesquisador Edmar Siqueira, presidente da Embrapa Tabuleiros Costeiros e que
abriu o evento com uma palestra que incentivou os agricultores presentes a
pensar nessa forma de plantar e colher sem agredir a natureza. Para ele, criar
cada vez mais espaços para esse debate é a forma de reverter o modelo de
produção vigente no Brasil, que possui milhões de hectares de terras
degradadas.
Os outro palestrantes do encontro foram o vice-presidente
nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),
Luciano Brunet e o Superintendente do INCRA/SE que explicaram sobre as
políticas do órgão para os assentados. De acordo com dados da Embrapa e do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agricultura familiar
é um das principais fontes de alimentos do país e do estado. São cerca de 90
mil estabelecimentos de agricultura familiar em Sergipe, o que corresponde a
90% dos estabelecimentos agropecuários do estado. Aproximadamente 84% da
mão-de-obra do campo está nesses estabelecimentos, que ocupam 48% da área cultivada.
A agricultura familiar responde ainda por 96% da produção de
mandioca, 95% da produção de feijão, 78% do arroz em casca, 79% do milho em
grão e 78% dos suínos no estado e é responsável por 68% do valor bruto da
produção agropecuária sergipana. Por isso, estimular uma alternativa de
agricultura familiar socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente
sustentável é tão importante para a segurança alimentar das famílias do campo e
da cidade, não apenas em Sergipe, mas em todo o Brasil.
Estiveram presentes
ao encontro o Presidente da CTB/SE ( Edival Goes) e o Presidente da Cooperafir
( Genival Alves de Arruda)
Fonte: MLT
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