quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Eleição OAB-BA Em apresentação de chapa,Góes critica influência politica e abuso de poder econômica no Preito


                                                   Fotos: Karliche Bittencourt / Divulgação
O candidato a presidente da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Mauricio Góes e Góes, da chapa “Dignidade e Juventude”, promoveu nesta terça-feira (6), uma coletiva de imprensa para apresentar os membros que compõem seu grupo, divulgar as suas propostas e criticar o nível do debate protagonizado pelas chapas adversárias “Ação e Ética”, encabeçada por Antônio Menezes, e a “Mais OAB”, por Luiz Viana Queiroz. Apesar de ter se lamentado da falta de discussão propostas no embate dos adversários e excesso de troca de acusações, Góes e Góes não deixou de disparar contra os concorrentes em diversas oportunidades. Em seu discurso, ele disse que “tem ficado triste” com a eleição da Ordem porque nunca viu tanto abuso de poder econômico e influência política sobre o pleito.


Segundo o líder da “Dignidade e Juventude”, a primeira coisa que o preocupa é “uma intervenção tão grande do poder político” nas campanhas e a segunda é que “nunca se viu campanhas tão caras para OAB, se assemelhando a campanhas de prefeitos do interior” e, talvez, ultrapassando até os orçamento de candidaturas ao Executivo de pequenos municípios. Góes e Góes afirmou que as outras chapas têm contratado empresas de marketing fora da Bahia e fazem campanhas milionárias, com risco de abuso de poder econômico e “com um nível muito baixo de ataque entre os candidatos, que não enobrece a advocacia”. “Eu me declaro particularmente estarrecido com a influência que o poder político tem tido sobre essa eleição da Ordem. Até porque nós, como instituição, somos historicamente distantes das relações políticas partidárias”, avaliou. E disparou: “Para puxar saco dos poderosos já bastam os cargos de comissão nesse país, e não a presidência da Ordem”.
Góes e Góes disse que não ia citar nomes, mas que houve reuniões partidárias para declarar apoio a candidatos, e que dirigentes de legendas ligaram para pessoas conhecidas dele para pedir apoio para outro candidato. Ainda assegurou que sua chapa “felizmente não recebeu nenhum tipo de apoio político”. Em seu discurso, o candidato afirmou que a influência partidária pode tornar a OAB um órgão omisso na defesa das prerrogativas dos advogados e em temas de interesse social, como a Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo do Município [Louos].  O postulante também não se absteve de provocar a chapa Ação e Ética, apoiada pelo presidente Saul Quadros, ao ser questionado se achava que haveria uso da máquina para favorecer a Antônio Menezes. Segundo ele, se existem essas perguntas na imprensa, é porque há indícios de que os problemas ocorreram. “Ninguém inventa e ninguém pauta a eleição. Essas têm sido, infelizmente, as noticias que a imprensa tem lançado, porque tem sido a preocupação das chapas”, pontuou.
                               Durval Ramos Neto, ex-presidente e candidato ao Conselho Federal
No evento, estavam presentes os dois ex-presidentes da Ordem que integram a chapa, Eurípedes Brito Cunha e Durval Ramos Neto, que concorrem ao cargo de conselheiro federal. Além deles, estavam no local Fernando Moreira, Joaquim Lapa e Matheus Chetto. Uma das propostas levantadas pela Dignidade e Juventude para o período eleitoral foi um debate entre os três candidatos, para que sejam discutidas propostas para a gestão da OAB-BA. A previsão é que a discussão ocorra na Universidade Federal da Bahia (Ufba) ou na Universidade Católica (Ucsal), no dia 19 de novembro. Segundo Góes e Góes, os candidatos das demais chapas não sinalizaram intenção de participar da discussão. Luiz Viana Queiroz, no entanto, já deixou claro que aceitaria participar de um debate entre os postulantes.


Por Claudia Cardozo / José Marques
Postado-Por IH(www.Itapetinganahora.com)

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