A Secretaria Estadual de Cultura-SECULT, lançou no mês de maio e junho diversos editais do Fundo de Cultura 2012, contemplando áreas como: dança, teatro, música, artes visuais, literatura, culturas populares dentre outras, totalizando 18 editais. Foram convocados agentes culturais de todo o estado, para escrever seus projetos e tentar concorrer a apoios financeiros provenientes de nossos impostos.
E assim foi feito, as esperanças desses, que estão na ponta, produzindo cultura e ajudando a manter a identidade do estado foi grande. E a participação foi tremenda. Essa semana saiu, a lista de projetos pré-aprovados, no total de 26 territórios assim divididos a Bahia, nos surpreendeu ver a quantidade de projetos aprovados só para um único território, a Região Metropolitana, abocanhou 187 projetos e os outros 25 territórios juntos 96. Isso é um absurdo, como é que pode, um estado com 417 municípios e dois ou três serem representados por uma minoria.
É perceptível a concentração quase que completo de todo o recursos do fundo na Região Metropolitana. Acredito que o Governo Wagner, não prega esse tipo de conceito, tanto que em suas propagandas oficiais, a “Bahia é de todos nós”, mas vemos a Secretaria de Cultura, se comportando de outra maneira, onde essa mesma, vinha avançando em sua gestão de descentralização de recursos, ações, planejamentos, etc. Hoje vemos uma política aos moldes ultrapassados e arcaico, isso faz-nos remeter a lembrança de épocas passadas de nossa história, que queremos esquecer, víamos a gestão de Cultura do Estado, ganhar novos rumos chegando na medida do possível em todos os territórios, conferências, encontros e diversas outros projetos, aconteceram com o objetivo de ampliar esse processo, hoje estamos presenciando um retrocesso.
A diversidade da cultura na Bahia é gigante, gostariamos de ter visto projetos de todos os territórios, onde infelizmente isso não aconteceu. Estou triste e preocupado com os rumos que a SECULT, vem tomando. Gostaria que a equipe desta honrosa Secretaria, olhasse para todos com os mesmo sentimentos, todos os artistas e grupos do grande ao pequeno merece respeito e atenção. A forma como foi feita essa seleção foi completamente, desumana quantas histórias e experiências foram apresentadas, e todas com certeza com muita verdade. E foram desconsideradas.
Lamento essa postura, da SECULT/FUNCEB, gestoras do fundo, espero uma resposta e se possível uma reavaliação do resultado e mudanças radicais no modelo de seleção destes editais. Para que no futuro não possamos passar por isso outra vez. Vamos fazer que a Bahia seja de fato de todos nos e que os recursos da Cultura, chegue a quem mais precisa realmente.
Não vamos ficar calados, se você concorda com isso que relatei aqui, se manifeste também, faça com que essa situação mude.
Atenciosamente,
Ricardo Bomfim
Dir. Adm. da Fanjuca de Gandu
Dir. Adm. da Fanjuca de Gandu
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